Copyright © 1998, 2000, 2001 Peter Putzer
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O KSysV é um editor gráfico para a configuração do init estilo SysV.
Índice
Bem-vindo ao Editor de Init System V do KDE, normalmente conhecido (e referenciado daqui em diante) por KSysV. Esta secção introduz alguns conceitos e explica o que poderá fazer com o KSysV.
A explicação que se segue é “copiada” do tksysv (uma inspiração para o KSysV):
O 'init' do System V está a tornar-se a norma do mundo do Linux® para controlar a inicialização do 'software' no arranque. Isto porque é mais fácil de usar e mais poderoso e flexível que o 'init' tradicional do BSD.
Não se entrará na história aqui (principalmente porque o autor não a conhece :-).
O executável 'init' está localizado em /sbin
e não em /etc
. Isto é importante, porque o utilizador pode tentar actualizar uma máquina para o 'init' do System V sem reinstalar e formatar de novo. O 'kernel' do Linux® procura o 'init' em /etc
primeiro; por isso, o utilizador terá que confirmar e retirar o 'init' antigo, se lá estiver algum.
O 'init' do SysV também difere do 'init' do BSD, na medida em que os ficheiros de configuração estão numa subpasta de /etc
, em vez de residir directamente nesta pasta. A tal subpasta chama-se rc.d
. Nela, o utilizador irá encontrar o rc.sysinit
e as seguintes pastas:
init.d/
rc0.d/
rc1.d/
rc2.d/
rc3.d/
rc4.d/
rc5.d/
rc6.d
A init.d
contém um conjunto de 'scripts' ou programas. Basicamente, o utilizador precisa de um programa por cada serviço que precise de iniciar no arranque ou quando entrar noutro nível de execução ('runlevel'). Os serviços incluem coisas como a rede, o NFS, o sendmail®, o httpd, etc. Os serviços não incluem coisas como o setserial, que só precisa ser corrido uma vez e depois sai. Esse tipo de coisas deve ir para o ficheiro rc.local
.
O rc.local
deve estar em /etc/rc.d
, se pretender ter um. A maioria dos sistemas inclui um, mesmo que não faça muita coisa. Também poderá inserir um ficheiro rc.serial
em /etc/rc.d
, se precisar de fazer algo relacionado com as portas série no arranque.
A cadeia de eventos é a seguinte:
O 'kernel' procura em vários locais pelo 'init' e corre o primeiro que encontrar.
O 'init' corre o /etc/rc.d/rc.sysinit
.
O rc.sysinit
faz um conjunto de coisas necessárias e depois executa o rc.serial
(se existir)
O 'init' executa o rc.local
O 'init' executa todos os programas para o nível de execução predefinido
O nível de execução predefinido é escolhido no /etc/inittab
. Deverá ter uma linha no topo do tipo:
id:3:initdefault:
A partir daqui, deverá ver a segunda coluna e ver que o nível de execução por omissão é o 3, como costuma ser na maioria dos sistemas. Se o quiser mudar, poderá editar o /etc/inittab
à mão e mudar o 3. Cuidado ao mexer no 'inittab'. Se o corromper, podê-lo-á corrigir, reinicializando o sistema e escrevendo:
LILO boot:
linux single
Isto deve permitir-te arranque no modo mono-utilizador de modo a que possas corrigir o problema.
Agora, como é que ele corre os programas correctos? Se escrever ls
em -l
rc3.d
, poderá ver algo do género:
lrwxrwxrwx 1 root root 13 13:11 S10network -> ../init.d/network lrwxrwxrwx 1 root root 16 13:11 S30syslog -> ../init.d/syslog lrwxrwxrwx 1 root root 14 13:32 S40cron -> ../init.d/cron lrwxrwxrwx 1 root root 14 13:11 S50inet -> ../init.d/inet lrwxrwxrwx 1 root root 13 13:11 S60nfs -> ../init.d/nfs lrwxrwxrwx 1 root root 15 13:11 S70nfsfs -> ../init.d/nfsfs lrwxrwxrwx 1 root root 18 13:11 S75keytable -> ../init.d/keytable lrwxrwxrwx 1 root root 23 13:11 S80sendmail -> ../init.d/sendmail.init lrwxrwxrwx 1 root root 18 13:11 S90lpd -> ../init.d/lpd.init lrwxrwxrwx 1 root root 11 13:11 S99local -> ../rc.local
O que irá reparar é que não existem ficheiros reais na pasta. Tudo o que existe são ligações para os programas na pasta init.d
.
As ligações também têm um S
e um número no início. O S
significa que o programa deve ser iniciado e um K
significa que deve ser parado. O número é simplesmente para fins de ordenação. O 'init' irá iniciar todos os serviços, baseando-se na ordem em que eles aparecem. Poderá duplicar os números, mas isso só lhe trará confusão de algum modo. Só precisa de um número de dois algarismos, em conjunto com um S
ou um K
maiúsculos, para iniciar ou interromper os serviços que precisa.
Como é que ele inicia e termina os serviços? Simples. Cada um dos programas é feito de maneira a aceitar um argumento que pode ser start
e stop
. De facto, poderá executar esses programas manualmente, com um comando do estilo:
/etc/rc.d/init.d/httpd.init stop
Para parar o servidor 'httpd'. O 'init' simplesmente lê o nome e se tiver um K
, ele invoca o programa com o argumento stop
. Se tiver um S
ele invoca o mesmo programa com o argumento start
.
Aqui, o utilizador aprende como usar o KSysV, o que não deve ser complicado, dado que foi desenhado para ser tão amigável quanto possível.
A utilização do KSysV com um rato ou outro dispositivo do género é simples: basta você arrastar um dos elementos da área Serviços Disponíveis para um dos seis níveis de execução para o iniciar (ou terminar, respectivamente) nesse nível.
Também poderá mover os programas entre níveis de execução ou mudar a posição num dado nível, arrastando-os pela interface. O que faz é remover o elemento da sua posição (ou nível de execução) original. Isto não acontece quando arrastar um elemento da área Serviços Disponíveis.
Os elementos são movidos quando os arrastar para uma nova área. Para o utilizador copiar um serviço para um nível de execução diferente, terá de seleccionar do menu da aplicação ou do menu de contexto e no nível de execução de destino.
O “número de ordem” dum elemento às vezes pode não ser calculável. Neste caso, terá de editar os números de ordem dos elementos envolventes antes de tentar inserir de novo o serviço.
Os números de ordem podem ir de 00 a 99, mas não podem ser superiores.
Você poderá apagar elementos, se os arrastar para a área do Caixote do Lixo (simbolizada por um ícone que representa um caixote do lixo).
De momento não existe maneira de recuperar os itens arrastados para o Caixote do Lixo, por isso tenha cuidado!
Poderá usar a tecla Tab para mudar de painel para painel (Serviços Disponíveis, Runlevel 1 Iniciar, Runlevel 1 Parar, etc.) e as teclas dos cursores para mover a selecção para cima e para baixo.
Para mover um elemento para um 'runlevel' diferente, execute sobre ele para a área de transferência (através de Ctrl+X e depois no 'runlevel' de destino (com Ctrl+V).
Para mudar manualmente o número de ordem ou o nome dum elemento, carregue em Enter para abrir a janela de propriedades. Utilize a tecla Tab para alternar pelos diferentes campos. Feche a janela, carregando em Enter, para aceitar as modificações ou em Esc para as cancelar.
Uma descrição do menu do KSysV, opção a opção.
Por causa do perigo de perda de dados, todas as opções do menu pedem uma confirmação antes de realizarem a sua tarefa.
Esquece todas as alterações que fez e reverte para a última configuração gravada.
Abre uma configuração previamente gravada.
Torna as suas alterações permanentes.A gravação não gera nenhumas cópias de segurança, por isso use esta opção com cuidado.
Grava uma cópia da sua nova configuração.
Grava um registo
Imprime uma cópia do registo.
Sai do KSysV.
Anula a última alteração realizada.
Repete a última acção anulada.
Corta o serviço seleccionado no momento para a área de transferência.
Copia o elemento seleccionado para a área de transferência, sem o remover da sua posição original.
Cola o conteúdo da área de transferência na posição actual do cursor.
Abre a janela de propriedades do item seleccionado.
Inicia o serviço seleccionado
Pára o serviço seleccionado
Reinicia o serviço seleccionado.
Altera o serviço seleccionado
Liga e desliga a visibilidade da barra de ferramentas.
Liga e desliga a visibilidade da barra de estado.
Liga e desliga a visibilidade da janela do registo
Grava a sua configuração actual.
Personaliza a configuração do teclado na aplicação.
Personaliza a barra de ferramentas.
Personaliza o comportamento do KSysV
Invoca a ajuda do KDE, aberta na documentação do KSysV. (este documento).
Muda o cursor do rato para uma mistura de uma seta com um ponto de interrogação. Ao carregar nos itens do KSysV irá abrir uma janela de ajuda (se existir alguma para o item em particular) que explica a função do item.
Abre a janela de Relato de Erros onde pode comunicar um erro ou “pedir” uma funcionalidade.
Mostra a versão da aplicação e as informações do autor.
Mostra a versão do KDE bem como outras informações básicas.
Todas as opções são gravadas no $
. As predefinições são obtidas a partir do ficheiro global (KDEHOME
/.kde/share/config/ksysvrc$
), se disponíveis, ou são geradas dentro do KSysV. As alterações às predefinições são gravadas no seu KDEDIR
/share/config/ksysvrcksysvrc
local.
As secções reconhecidas e as suas chaves, para além dos seus valores por omissão.
/etc/rc.d/init.d
/etc/rc.d
Estes variam de distribuição para distribuição, por isso esta é uma lista incompleta das distribuições comuns de Linux®. Se tiver distribuições adicionais, envie por e-mail ao autor a informação adicional para que possa ser referida neste manual.
termina (desliga a máquina)
Modo mono-utilizador.
Multi-utilizador sem o NFS.
Multi-utilizador com o suporte de rede completo.
Não usado.
Multi-utilizador com o suporte de rede completo e o X11.
Reiniciar
KSysV Copyright (c) 1997-1998 Peter Putzer
Peter Putzer, (putzer AT kde.org)
- Programador
Documentação:
Peter Putzer, (putzer AT kde.org)
- Conteúdo original
Eric Bischoff, (e.bischoff AT noos.fr)
- Editor
Tradução de José Nuno Pires (jncp AT netcabo.pt)
A documentação está licenciada ao abrigo da GNU Free Documentation License.
Este programa está licenciado ao abrigo da GNU General Public License.
O KSysV faz parte do projecto do KDE http://www.kde.org/.
O KSysV pode ser encontrado no pacote kdeadmin em ftp://ftp.kde.org/pub/kde/, o servidor principal do projecto do KDE.
Para poder compilar e instalar o KSysV no seu sistema escreva o seguinte na pasta de base da distribuição do KSysV:
%
./configure
%
make
%
make install
Dado que o KSysV usa o autoconf e o automake não deve ter quaisquer problemas a compilá-lo. Se tiver, comunique-os para as listas do KDE.
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