&MIDI;IntroduçãoO suporte de &MIDI; no &arts; poderá fazer uma quantidade de coisas. Primeiro que tudo, permite a comunicação entre as diversas peças de 'software' que produzem ou consomem eventos &MIDI;. Se você, por exemplo, tiver uma sequenciador e um reprodutor que funcionem com o &arts;, o &arts; poderá enviar os eventos &MIDI; do sequenciador para o reprodutor. Por outro lado, o &arts; pode também ajudar as aplicações a interagir com o 'hardware'. Se um dado bloco de 'software' (como, por exemplo, o suporte de amostragem) funcionar em conjunto com o &arts;, ele será capaz de receber os eventos &MIDI; de um teclado &MIDI; externo, da mesma forma. Finalmente, o &arts; dá um excelente sintetizador modular. Está desenhado para fazer exactamente isso. Por isso, você poderá criar instrumentos a partir de pequenos módulos com o 'artsbuilder', e usar depois esses instrumentos para compor ou tocar música. A síntese poderá não ser pura, dado que existem módulos que você poderá usar para tocar amostras. Por isso, o &arts; poderá ser um reprodutor de amostras, um sintetizador, entre outras coisas e, sendo completamente modular, é muito fácil de extender, muito fácil de experimentar, poderoso e flexível. O Gestor de &MIDI;A componente central no &arts; que mantém o registo das aplicações que estão ligadas e como é que os eventos deverão ser passados entre elas é o gestor MIDI. Para ver ou influenciar o que ela faz, inicie o 'artscontrol'. Depois, escolha VerVer o Gestor de MIDI no menu. Do lado esquerdo, você verá as Entradas MIDI. Aí, todos os objectos que produzam eventos &MIDI;, como por exemplo um porto &MIDI; que envie dados vindos de um teclado &MIDI; ligado, um sequenciador que toque uma música, entre outras coisas, serão aqui listados. Do lado direito, você verá as Saídas MIDI. Aqui, todas as coisas que consumam eventos &MIDI;, como um reprodutor de amostras simulado (como 'software') ou o porto &MIDI; externo onde o seu reprodutor por 'hardware' estará ligado, serão listadas. As aplicações novas, como os sequenciadores registar-se-ão elas próprias, de modo a que la lista vai sendo actualizada ao longo do tempo. Você poderá ligar as entradas às saídas se você marcar a entrada do lado esquerdo e a saída do lado direito, escolhendo em seguida Ligar com o botão em baixo. O Desligar funciona da mesma forma. Você irá ver o que está ligado como pequenas linhas entre as entradas e as saídas, no meio da janela. Tenha em atenção que você poderá ligar um emissor a mais do que um receptor (e vice-versa). Os programas (como o sequenciador Brahms) adicionar-se-ão eles próprios quando são iniciados e serão removidos da lista quando terminarem. Mas você também poderá adicionar itens novos no menu Adicionar: Porto MIDI do Sistema (OSS)Isto irá criar um novo objecto do &arts; que fala com um porto MIDI externo. Dado que os portos MIDI externos podem fazer ambas as coisas (enviar e receber dados), a escolha desta opção irá adicionar uma entrada e uma saída MIDI. No &Linux;, você deverá ter um controlador OSS (ou OSS/Free, o que vem com o 'kernel' do seu &Linux;) ou um ALSA instalado para a sua placa de som, para que isto funcione. Ele irá perguntar o nome do dispositivo. Normalmente, este é o /dev/midi ou o /dev/midi00. Contudo, se você tiver mais do que um dispositivo &MIDI; ou &MIDI; local instalado, poderão existir mais opções. Para ver mais informações sobre os seus portos &MIDI;, inicie o &kcontrolcenter; e escolha InformaçãoSom. Saída MIDI de Sintetização do aRtsIsto irá adicionar uma nova saída &MIDI; com um instrumento sintetizado do &arts;. Se você escolher o item do menu, aparecerá uma janela que lhe permite escolher um instrumento. Você poderá criar instrumentos novos com o 'artsbuilder'. Todos os ficheiros .arts com um nome que comece por instrument_ irão aparecer aqui. Usar o &arts; & o BrahmsDe facto, começar é bastante fácil. Você irá precisar de uma versão para o &kde; 2.1 ou superior do &brahms;, a qual poderá ser encontrada no módulo kmusic do CVS. Existe também algumas informações sobre como obter o &brahms; na Página Pessoal do aRts na secção 'Download' (Transferir). Quando você o inicia, irá aparecer no gestor de &MIDI;. Se você quiser fazer síntese, basta adicionar um instrumento sintetizado &MIDI; através da opção AdicionarSaída MIDI de Síntese do aRts. Escolha um instrumento (por exemplo, o organ2). Ligue-os com o botão Ligar. Finalmente, poderá começar a compor no &brahms;, para que o resultado seja sintetizado com o &arts;. Normalmente, é uma boa ideia ter a janela do &artscontrol; aberta e ver se o volume não está muito alto (a qualidade piora quando as barras tocam no limite superior). Agora, você poderá começar a trabalhar numa música de demonstração do &arts; e, se estiver pronto, podê-la-á publicar no aRts-project.org ;-). midisendO midisend é uma pequena aplicação que lhe permitirá enviar eventos de &MIDI; a partir da linha de comandos. Ele registar-se-á como cliente, tal como acontece com as outras aplicações. A forma mais simples de o usar é %midisend/dev/midi00, o qual irá fazer mais ou menos o mesmo que adicionar um porto &MIDI; do sistema no &artscontrol;. (Nem por isso, porque o midisend só envia eventos). A diferença é que é fácil, por exemplo, iniciar o midisend em vários computadores diferentes (e, por isso, usar a transparência na rede). Também é possível fazer com que o midisend envie os dados a partir do stdin, o qual poderá usar para encaminhar os dados das aplicações que não conhecem o &arts;, como a seguinte: %aplicacao_que_produz_eventos_midi_no_stdout | midisendCriar InstrumentosA forma como o &arts; faz a síntese de &MIDI; é a seguinte: você tem uma estrutura com alguns portos de entrada, onde ele vai obter a frequência, a velocidade (volume) e um parâmetro que indica se a nota ainda continua carreada. A estrutura deverá agora sintetizar exactamente a nota com esse volume e reagir ao parâmetro 'pressed' (pressionado) (onde o 'pressed' = 1 significa que o utilizador ainda mantém essa tecla carregada e o 'pressed' = 0 significa que o utilizador soltou a tecla). Quando os eventos &MIDI; chegam, o &arts; irá criar novas estruturas para as notas à medida das necessidades, passar-lhes os parâmetros, e limpá-las quando terminar. Para criar e usar uma dessas estruturas, você deverá fazer o seguinte: Para começar, a forma mais conveniente é abrir o ficheiro template_Instrument.arts no &arts-builder;. Isto poderá ser obtido se usar o FicheiroAbrir um Exemplo... e escolher o template_Instrument no selector de ficheiros. Isto dar-lhe-á uma estrutura vazia com os parâmetros necessários, os quais você só terá de preencher. Para processar o parâmetro 'pressed', é conveniente usar o Synth_ENVELOPE_ADSR, ou, no caso de tocar apenas um WAV de uma bateria, simplesmente tocá-lo, ignorando deste modo o parâmetro 'pressed'. A estrutura deverá indicar quando já não é necessária na saída done (pronto). Se o 'done' for igual a 1, o &arts; irá assumir que pode remover a estrutura. Convenientemente, o envelope de ADSR fornece um parâmetro quando tiver terminado, por isso só precisa de ligar isto à saída 'done' da estrutura. Você deverá mudar o nome da sua estrutura para algum nome que comece por instrument_, como por exemplo instrument_piano.arts - você deverá gravar o ficheiro com o mesmo nome na sua pasta $HOME/arts/structures (a qual é onde o 'artsbuilder' normalmente deseja gravar os ficheiros). Finalmente, logo que o tenha gravado, você será capaz de o usar com o &artscontrol; no gestor de &MIDI;.Ah, e claro que a sua estrutura deverá tocar os dados de áudio que gera nas saídas esquerda e direita da estrutura, as quais serão por sua vez tocadas no gestor de áudio (você poderá ver isso no &artscontrol;), para que o consiga ouvir finalmente (ou processá-lo posteriormente com efeitos). Uma boa forma de aprender como criar instrumentos é abrir um instrumento existente através da opção FicheiroAbrir um Exemplo e ver como funciona ;) Instrumentos MapeadosOs instrumentos mapeados são os que se comportam de forma diferente, dependo da frequência, do programa, do canal ou da velocidade. Você poderá ter por exemplo um piano de 5 oitavas, usando uma amostra por cada oitava (ajustando a frequência, de acordo com isso). Isto irá soar bastante melhor do que usar apenas uma amostra. Você poderá criar também um mapa de bateria, o qual toca uma amostra específica da bateria por tecla. Finalmente, é muito útil se você tocar vários sons diferentes num instrumento mapeado em programas diferentes. Desta forma, você poderá usar o seu sequenciador, teclado externo ou outra fonte &MIDI; para mudar de sons sem ter de ajustar o &arts; à medida que trabalha. Um bom exemplo para isso é o instrumento arts_all, o qual apenas reúne todos os instrumentos que vêm com o &arts; num mapa. Desta forma, você apenas terá de configurar uma vez o &artscontrol; para usar este instrumento, e assim, poderá compor uma música inteira num sequenciador sem ter de se incomodar com o &arts;. Precisa de outro som? Basta escolher o programa no sequenciador, para que o &arts; lhe dê outro som. Criar esses mapas é relativamente simples. Você apenas precisa de criar um ficheiro de texto e escrever regras que se assemelhem a isto: ON [ condições ...] DO structure=uma_estrutura.arts
As condições poderão ser uma ou mais das seguintes: A frequência ou tom que é tocado. Você poderá usar isto se quiser dividir o seu instrumento com base no tom. No exemplo inicial, um piano que use amostras diferentes para as várias oitavas iria usar isto como condição. Você poderá indicar uma frequência única, como por exemplo =62 ou um intervalo de frequências, como por exemplo =60-72. Os tons possíveis situam-se entre 0 e 127. O programa que está activo no canal para onde a nota vai ser enviada. Normalmente, os sequenciadores permitem-lhe escolher o instrumento através da opção 'program'. São permitidos programas únicos ou intervalos de programas, isto é, por exemplo, =3 ou =3-6. Os programas possíveis situam-se entre 0 e 127. O canal para onde a nota vai ser enviada. São permitidos canais únicos ou intervalos, isto é, por exemplo, =0 ou =0-8. Os canais possíveis situam-se entre 0 e 15. A velocidade (volume) que a nota tem. São permitidas velocidades únicas (quem irá usar isso?) ou intervalos, como por exemplo =127 ou =64-127. As velocidades possíveis situam-se entre 0 e 127. Um exemplo completo para um mapa seria (este é extraído do ficheiro instrument_arts_all.arts-map actual): ON program=0 DO structure=instrument_tri.arts
ON program=1 DO structure=instrument_organ2.arts
ON program=2 DO structure=instrument_slide1.arts
ON program=3 DO structure=instrument_square.arts
ON program=4 DO structure=instrument_neworgan.arts
ON program=5 DO structure=instrument_nokind.arts
ON program=6 DO structure=instrument_full_square.arts
ON program=7 DO structure=instrument_simple_sin.arts
ON program=8 DO structure=instrument_simple_square.arts
ON program=9 DO structure=instrument_simple_tri.arts
ON program=10 DO structure=instrument_slide.arts
ON program=11 pitch=60 DO structure=instrument_deepdrum.arts
ON program=11 pitch=61 DO structure=instrument_chirpdrum.arts
Como você poderá ver, a estrutura é seleccionada, dependendo do programa. No programa 11, você vê um mapa de bateria (com dois itens), o qual irá tocar um bombo com o C-5 (pitch=60), e um prato de choque com o C#5 (pitch=61). Para fazer com que os ficheiros dos mapas apareçam automaticamente no &artscontrol; como opções dos instrumentos, terão de se chamar instrument_qualquercoisa.arts-map e estarem na sua Pasta Pessoal, em $HOME/arts/structures, ou na pasta do &kde; em $KDEDIR/usr/local/kde/share/apps/artsbuilder/examples. As estruturas que são usadas no mapa poderão ser indicadas com a sua localização absoluta ou então relativa à pasta onde o ficheiro de mapa se encontra. Extender o mapa 'arts_all map' ou mesmo criar um mapa geral &MIDI; completo para o &arts; é uma boa ideia para tornar o &arts; mais simples de usar por-si-só. Pense por favor em contribuir com instrumentos interessantes que faça, de modo a que possam ser incluídos nas versões futuras do &arts;.